No primeiro dia de julgamento dos oito réus acusados de tentativa de golpe de Estado, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, três momentos chamaram a atenção: logo na abertura, a fala do ministro Alexandre de Moares, ressaltando que pacificação não pode ser confundida com impunidade, independentemente de pressões internas ou externas. O segundo foi o tom pausado do procurador-geral, Paulo Gonet, com uma linha do tempo muito bem encadeada sobre os fatos que resultaram no 8 de janeiro de 2023. “Não é preciso uma assinatura formal para que se identifique um golpe em curso a partir da reunião do ministro da defesa com os comandantes das forças armadas”, disse Gonet. Por fim, nenhum dos advogados de defesa de quatro réus evocou uma suposta existência de ditadura ou sustentou as teses trumpistas/bolsonaristas de perseguição política no Brasil.
-5 de setembro de 2025