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quarta-feira - 15 de outubro de 2025

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15/10/2025

Thor, da vida fake para a vida verdadeira

Como motorista de aplicativo, você deve estar preparado para atender todo tipo de público e se deparar com situações até inusitadas. Mas tem algumas histórias que acabam saindo do imaginável. A que uma confeiteira me contou, quando compartilhamos do gosto e do amor por cachorros durante uma corrida do Estreito, no Continente, ao Carianos, no Sul da Ilha, me mostrou apenas uma delas. Pois essa confeiteira adotou o Thor, um Golden Retrivier adulto, que sofria com dermatites crônicas na região do pescoço.

O cachorro pertencia a um casal, morador de um apartamento em um bairro nobre de Palhoça, porém, de segunda a sexta-feira o animal era deixado em uma petshop. E muitas vezes, devido ao movimento no estabelecimento, o cão ficava guardado em um espaço reduzido da creche da petshop. Segundo a confeiteira, o cachorro só era resgatado no sábado, para passear e aparecer nas redes sociais da tutora, mas voltava na segunda. É, isso mesmo. E os donos da pet suspeitavam que a tutora também não alimentava o cachorro corretamente no final de semana para que o animal não sujasse o apartamento.

Diante daquele quadro suspeito e da dermatite crônica, os donos da pet, em acordo com a tutora, buscaram um futuro dono e a confeiteira aceitou o desafio. Na hora da despedida, o comportamento da antiga tutora chamou atenção da confeiteira. Aquele momento, que poderia ser um último obstáculo emocional para concretizar a adoção, foi superado com frieza total. Nem uma lágrima. Nem um adeus. Nem um “fica bem”. A antiga tutora ainda entregou um saco de ração “caríssimo” aberto, mas fez questão de ficar com a guia (coleira) justificando que pretendia vendê-la (estranho não? seria de ouro?).

Bom, a dermatite foi embora nos primeiros meses de convivência na nova casa, mostrando que Thor sofria verdadeiramente com aquela vida falsa e hoje vive de forma verdadeira e feliz no Sul da Ilha. Mas eu fico pensando? Como pode existir pessoas que tratam animais como troféus ou peças de cenário das redes sociais? Para um “cachorreiro” como eu, isso saiu do imaginável!

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