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quinta-feira - 11 de dezembro de 2025

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11/12/2025

SC precisa investir R$ 57 bi em infraestrutura

A infraestrutura de transportes de Santa Catarina precisará de um salto bilionário para acompanhar o ritmo da indústria e evitar a perda de competitividade. Um levantamento realizado pela Federação das Indústrias (FIESC) estima que serão necessários R$ 57 bilhões em investimentos entre 2026 e 2029 para entregar as obras já mapeadas em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e dutos. O documento, chamado Agenda Estratégica para Infraestrutura e Transporte, também indica que 75% desse valor deverá sair do setor privado, já que os cofres públicos não acompanham a demanda crescente do Estado.

Segundo o presidente da FIESC, Gilberto Seleme, o montante representa um desafio sem precedentes, diante da falta de previsibilidade orçamentária e do ritmo lento de execução das obras federais. “Precisamos fazer um grande esforço e unir toda a sociedade catarinense, as entidades empresariais, o executivo e nossos parlamentares para uma grande mobilização em prol da melhoria da nossa infraestrutura. Esse é um tema estratégico, que hoje afeta negativamente todos os setores econômicos, comprometendo a competitividade do estado, a geração de emprego e renda e o desenvolvimento socioeconômico catarinense”, alertou.
A maior pressão recai sobre as rodovias: R$ 40,2 bilhões do total seriam para duplicações, ampliações e manutenção das estradas que cortam o Estado. Outras demandas incluem R$ 9,9 bilhões para projetos ferroviários, R$ 4,89 bilhões para portos, R$ 991,9 milhões no modal aéreo e R$ 873 milhões em dutos. A aposta da FIESC está na atração de capital privado, com investimentos como os previstos para a ampliação dos portos de Navegantes e Itapoá, concessões de aeroportos e PPPs de dragagem e aprofundamento de canais — caso da Baía da Babitonga.

Entre as obras consideradas prioritárias pela Federação industrial estão a conclusão das duplicações da BR-470 e BR-280, a recuperação e ampliação dos molhes de Imbituba, a segunda etapa da bacia de evolução e do canal de acesso do complexo portuário de Itajaí e o aprofundamento da Baía da Babitonga. A mensagem é clara: sem infraestrutura robusta, Santa Catarina corre o risco de frear seu próprio futuro.

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