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Redação

quarta-feira - 15 de outubro de 2025

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15/10/2025

Floripa inova ao criar versão parceria público-privada manezinha

A união entre a prefeitura e entidades empresariais de Florianópolis tem resultado em uma espécie de parceria público-privada inovadora. As, digamos, “PPPs Manezinhas” não se enquadram na normativa estalecida desde 2004 para os contratos firmados entre poder público e inciativa privada. São mais simples e sem tantas amarras burocráticas.

São propostas que surgiram a partir de demandas da cidade. Boa parte destas inicativas são capitaneadas pela Associação Empresarial de Florianópolis (ACIF). Mas outras entidades representativas como CDL, Sinduscon, Floripa Sustentável e Acatmar também participam diretamente de uma série de projetos, seja como apoiadores ou como proponentes. Em comum, o fato de todas as parcerias contarem com a chancela do Executivo municipal.

Há quem torça o nariz e critique este tipo de proximidade entre o público e o privado. A divergência, por óbvio, faz parte. O debate é salutar para o aprimoramento das propostas. E a democracia agradece. Na prática, tais iniciativas têm demostrado alguns resultados concretos nas áreas do desenvolvimento econômico e inclusão social.

Entre os projetos sobe a liderança da ACIF, um dos mais recentes é o Festival Viva Lagoa, que movimentou a região com cultura, gastronomia e lazer, celebrando a revitalização e a vitalidade da Lagoa da Conceição. Uma das iniciativas foi a inauguração do Boulevard, novo espaço urbano que valoriza a convivência e o comércio local, mostrando como o investimento coordenado entre empresários e o poder público pode dinamizar a economia e fortalecer os vínculos com a comunidade.

Outro exemplo de impacto é a iluminação da Rua Conselheiro Mafra, iniciativa dos próprios comerciantes impulsionados, e que seguirá por outras ruas e quadras. A ação devolveu brilho e segurança ao coração da cidade.

No campo social, o recém-lançado projeto Aliança por Floripa, promovido pela ACIF, CDL e Conseg, em parceria com a Prefeitura, atua na reinserção de pessoas em situação de rua no mercado de trabalho por toda a cidade. O programa cria um fundo financiado pela iniciativa privada, devolvendo dignidade e perspectivas de vida a quem mais precisa.

Na área de planejamento urbano, a recente parceria com o escritório dinamarquês Gehl Institute propõe implantar em Florianópolis o conceito de cidade para pessoas — um modelo que prioriza espaços públicos de convivência e mobilidade sustentável.

Para o presidente da ACIF, Célio Bernardi, essas ações mostram o poder da cooperação e do associativismo. “Quando o setor privado se une em torno de um propósito comum e trabalha em parceria com o poder público, os resultados são transformadores. Estamos falando de gerar impacto positivo real — para o comércio, para a economia local e, principalmente, para as pessoas que vivem aqui”, diz Célio, um entusiasta deste modelo das” PPPs Manezinhas”.

Ao fim e ao cabo, todas estas iniciativas, entre outras tantas que poderiam ser citadas, têm como premissa a busca na melhoria da tão sonhada qualidade de vida do cidadão. E, claro, são merecedoras de aplausos. Mas também é importante que a sociedade acompanhe, e participe, destes projetos, apoiando e monitorando os resultados.

A prestação de contas, com apresentação de indicadores e transparência na gestão, mesmo que não conte com recursos públicos, são fundamentais para que ocorra cada vez mais adesão das pessoas. Essa é uma premissa básica para não repetir iniciativas pretéritas, lançadas com estardalhaço de campanhas publicitárias e estratégias de marketing, mas que logo caíram em descrédito e, por consequência, no esquecimento.

Crédito:ACIF/Divulgação

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