A regra é uma espécie de mantra entre os produtores de conteúdo desde os tempos da internet discada. O prefeito Topázio Neto, de Florianópolis, já pode afirmar, sem medo, que surfa nas redes, utilizando-se desta técnica, como poucos no país. Goste ou não, e isso faz parte da democracia, os vídeos de Topázio nas redes sociais repercutem nacionalmente.
A última postagem alcançou números de “gente grande” no universo dos influencers, com 423 mil visualizações. O prefeito fala sobre a atuação dos assistentes sociais na estação rodoviária, com a missão de reconduzir pessoas sem emprego às cidades de origem. Foram mais de 11 mil curtidas em forma de coração, além de quase seis mil comentários. Muitos são elogiosos, mas também há os que criticam um suposto impedimento da livre circulação em território nacional.
Questionar sempre enriquece o debate, mas também é preciso colocar na balança a questão dos números de moradores de rua. Para reduzir esta população este controle social se mostra necessário. O drama vivido por conta de boa parte dos gestores públicos no Brasil é o mesmo: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
A movimentação para brecar a ação de Topázio reverberou em São Paulo. O Padre Júlio Lancelotti, conhecido por seu trabalho com moradores de rua, fez uma colab, quando duas contas dividem e agregam a mesma postagem, com o vereador Leonel Camasão (PSOL). Nas redes sociais, eles afirmam que o prefeito foi denunciado, pela postagem, ao Ministério Público Federal (MPF), ao Ministério dos Direitos Humanos (MDH) e à Defensoria Pública da União (DPU).
