Assegurar a segurança dos juízes e servidores, na recém-criada Vara Estadual de Organizações Criminosas, é prioridade para o Tribunal de Justiça de SC. Os nomes dos magistrados e dos que secretariam os processos serão mantidos sob sigilo, bem como a assinatura das sentenças nas decisões judiciais. Para as audiências por videochamada, por exemplo, haverá uma distorção facial e da voz do juiz, para que não seja possível identificar se é homem ou mulher e as características pessoais. Além de garantir o anonimato aos magistrados, a nova tecnologia desenvolvida também fará o reconhecimento facial de testemunhas.
A nova unidade funcionará na comarca da Capital porque a região da Grande Florianópolis conta o maior percentual de processos relacionados às organizações criminosas do Estado, com 30,1%. A vara será composta por cinco magistrados e magistradas, além de 35 servidores e servidoras, com um acervo inicial 2.087 processos, sendo 1.841 em andamento e 246 suspensos. Os julgamentos serão colegiados e cercados por forte aparato de segurança. De acordo com o mapa divulgado pelo TJSC (reprodução acima), a região do Vale do Itajaí concentra o segundo maior percentual de processos sobre organizações criminosas, 22,8%. Já a região da Serra, com 7,8%, reúne o menor índice.
-9 de julho de 2025