A espuma que surgiu na Lagoa da Conceição no início do mês e voltou a reaparecer neste final de semana preocupa os moradores e segue sem um consenso entre os especialistas sobre a verdadeira causa. Enquanto o IMA apressou-se em dizer que se tratava de um fenômeno natural, pesquisadores da UFCS atribuem a uma reação de algas nocivas, decorrente do excesso de esgotos que desaguam na Lagoa.
Não precisa ser nenhum ambientalista para lembrar que a Lagoa da Conceição sofre, há décadas, com o crescimento desordenado e com a falta de fiscalização sobre as ligações de esgoto clandestinas na região.
Mais uma temporada se aproxima, sem que nada efetivamente tenha sido feito para melhor as condições de balneabilidade não somente na Lagoa, mas em boa parte dos balneários de Florianópolis. Também não precisa ser vidente para saber que, na primeira quinzena de janeiro, as Upas e emergências estarão lotadas por conta das “viroses” provocadas pelo excesso de “coliformes fecais” nas praias.
É fundamental que o poder público dê respostas eficientes, mas não basta simplesmente apontar o dedo esperar que a Prefeitura e Estado resolvam tudo. Afinal, parcela significativa da iniciativa privada, que lucra como se não houvesse amanhã durante a temporada, também deveria dar sua parcela de contribuição.
A medida mais urgente seria simplesmente parar de despejar dejetos diretamente nas redes. Ou se olha com a seriedade que o assunto merece, ou muito em breve o número recorde de turistas previsto para esta temporada será apenas uma lembrança de Verão.
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-5 de dezembro de 2025
