Os tempos de festas de fim de ano costumam vir acompanhados de luzes, encontros e uma sensação coletiva de alívio. Mas também exigem atenção redobrada. Um episódio registrado neste sábado, em um condomínio da região continental de Florianópolis, acendeu um sinal de alerta importante. Um homem, bem vestido, aproveitou o momento em que uma moradora acessava a portaria e entrou junto, sem qualquer tipo de identificação. Já na área de convivência externa, foi abordado por um porteiro, que solicitou sua retirada. Um morador, policial, percebeu a situação e prestou apoio. A saída do homem só ocorreu após a chegada da Polícia Militar.
Nada de mais grave aconteceu. E talvez exatamente por isso o episódio mereça reflexão. Se em um condomínio com portaria, controle de acesso e equipe de segurança uma situação como essa ocorre com relativa facilidade, o que dizer das ruas, das praias e dos espaços públicos, especialmente em períodos de maior circulação de pessoas?
O recente e trágico caso da estudante Catarina Kasten, de 31 anos, assassinada no dia 21 de novembro de 2025 enquanto caminhava pela trilha da Praia do Matadeiro, em Florianópolis, permanece como um lembrete duro de que a violência não avisa, não escolhe hora e, muitas vezes, se aproveita de momentos de distração.
Nas semanas que antecedem o Natal e o Ano Novo, é comum as pessoas “baixarem a guarda”, embaladas por confraternizações, encontros familiares e um clima de celebração. É justamente nesse cenário que oportunistas e criminosos encontram brechas.
Segurança, especialmente nesta época do ano, não é paranoia — é prevenção. Atenção aos acessos, cuidado com abordagens, desconfiança saudável e respeito aos protocolos fazem diferença. Em tempos de festas, todo cuidado é pouco. Porque celebrar a vida também passa por protegê-la.
-16 de dezembro de 2025
