A prefeitura de Florianópolis enviou à Câmara de Vereadores de Florianópolis, em regime de urgência, projeto de lei que institui o serviço voluntário para apoio às atividades da Secretaria de Segurança e Ordem Pública.
Conforme informou o colunista Fábio Gadotti, a proposta foi inspirada no serviço dos guarda-vidas temporários, adotado pelo Corpo de Bombeiros Militar de SC, a cada temporada de verão. Os voluntários serão treinados para atuar no apoio à Guarda Municipal, Defesa Civil e fiscalização, durante os períodos de alta demanda, especialmente no Verão.
Na prática, a proposta serve para suprir a falta de efetivo devidamente concursado, seja nos Bombeiros Militares ou na Guarda Municipal. Por mais que a iniciativa seja bem-intencionada, o pesquisador em Inovação e Sociedade, professor Doutor Ricardo Thomé, alerta para o grave risco inconstitucional e social na criação de um serviço voluntário na área de segurança pública.
Thomé, que também é delegado especial de polícia aposentado, resgata vários exemplos, adotados em outros países, que não tiveram o resultado esperado, em especial em momentos de tensão política, com espíritos mais acirrados. “A fronteira entre a colaboração comunitária e a atuação paraestatal é historicamente muito frágil”, diz ele.
Crédito: GMF/Divulgação
-13 de outubro de 2025