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Redação

sexta-feira - 5 de dezembro de 2025

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05/12/2025

O segredo do sucesso é enxergar crescimento na modificação da sociedade

Acolher, qualificar e inserir migrantes no mercado de trabalho é o objetivo do Porta Aberta, novo programa da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) e da Prefeitura de São Miguel do Oeste, que conta com a participação da Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para as Migrações (OIM). O programa será implantado a no Extremo Oeste do Estado, que tem sido um dos principais destinos de migrantes, principalmente venezuelanos. A intenção da Fiesc é que haja a expansão deste projeto para outras regiões de Santa Catarina.

O programa propõe cidade acolhedora, empresa acolhedora, migrante integrado à comunidade e produtivo. “O desenvolvimento do nosso estado passa por integrar quem escolheu Santa Catarina para recomeçar. O Porta Aberta une pessoas e indústrias, gerando oportunidade para todos”, festeja Gilberto Seleme, presidente da FIESC.

Conforme ele, há duas frentes previstas neste trabalho: uma pública, para suporte social estruturado; e outra privada, voltada à preparação das empresas para receber e integrar os estrangeiros.

O SESI/SC e SENAI/SC também irão participar da ação com cursos de qualificação profissional voltados às demandas da indústria local e suporte para as iniciativas públicas.

“O Porta Aberta é uma ação que une poder público, iniciativa privada e entidades em torno de um mesmo propósito: transformar desafios em oportunidades e gerar impacto positivo para toda a comunidade”, disse Daniel Tenconi, superintendente do SESI/SC.

Crescimento sem ações de acolhimento desestrutura a economia local

Entre 2022 e 2025, o percentual de estrangeiros, em São Miguel do Oeste, passou de 7,5% para 19,3%. De 2020 a 2025, a população cresceu 16,8%, chegando a 47,7 mil habitantes, enquanto o PIB caiu 1,8%. O dado mostra que o aumento populacional, sem integração adequada, não resulta em desenvolvimento econômico e que evidencia a necessidade de ações estruturadas de acolhimento e permanência. Do total de trabalhadores na indústria, 19% são migrantes. Venezuela, Haiti e Argentina são os principais países de origem.

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