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Redação

sexta-feira - 5 de dezembro de 2025

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05/12/2025

Quando os dois querem, ninguém segura

Para se alcançar o desenvolvimento econômico de uma região, assim como na política, os gestos são mais importantes do que propriamente os contratos. E o que se viu nesta terça-feira (23/9), em São Francisco do Sul, foi alvissareiro. Sentados no mesmo palco, lá estavam o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o governador Jorginho Mello. Diferenças políticas à parte, União e Estado assinando juntos a ordem de serviço para a maior obra de dragagem do país.

Com investimentos de R$ 436 milhões, a dragagem deve começar até o final do ano, com previsão de conclusão para o segundo semestre de 2026. A obra conta com três características inéditas: primeira PPP entre portos brasileiros, maior engordamento de praia da história do país e primeira vez no Brasil que sedimentos são usados para praia. O contrato prevê o aumento do calado de 14 para 16 metros, o que permitirá a entrada de navios de maior porte. “Queremos transformar Santa Catarina no novo hub portuário do país”, afirmou o ministro Silvio Costa, durante o seu discurso.

E quem ganha com a viabilidade deste megaprojeto? Bingo: Santa Catarina. Sem farpas, sem vídeos para lacrar nas redes sociais, o governador e o ministro uniram forças para que o Estado, já considerado referência na economia, vire um “case” de logística.

“O impacto na economia será extraordinário. Com o aprofundamento do calado e o aumento da largura do canal de acesso, passaremos a competir em igualdade com o Porto de Santos. A estrutura permitirá a atracação de grandes navios, com capacidade para transportar um volume muito maior de contêineres. Isso representa ganhos para todos: para os transportadores, para os vendedores, para a cidade e, principalmente, na geração de empregos”, afirmou o governador.

Foi apenas um primeiro passo. Mas que fez prevalecer um dos pilares nas democracias consolidadas; o interesse público deve estar acima das diferenças políticas. Quem anda para o lado é caranguejo. Chegou a hora de avançar nas pautas que dependem de esforços conjuntos. E deixar as narrativas para a campanha eleitoral.

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