A Assembleia Legislativa concede nesta sexta-feira (5/9) o título de Cidadã Catarinense à deputada federal Renata Abreu (Podemos-SP). A homenagem foi proposta pela deputada Paulinha e aprovada em plenário da Alesc.
A indicação da parlamentar catarinense, em reconhecimento ao trabalho da presidente nacional do partido, é legítima, em especial pela atuação de ambas na defesa de causas comuns.
A questão posta é que este tipo escolha também reacende uma outra discussão: qual o critério para agraciar políticos que não têm domicílio local com um título de Cidadão Catarinense? A mesma discussão ocorreu na concessão da homenagem a Carlos Lupi, presidente do PDT, lembram?
Reitero: não se pretende polemizar do ponto de vista moral ou ético a respectiva indicação da deputada Paulinha. Mas é imperioso indagar a aplicação que vem sendo dado à comenda. Afinal, existem centenas, para não dizer milhares, de pessoas que vieram de outros estados e construíram suas vidas em Santa Catarina, contribuindo, legitimamente, para o desenvolvimento do Estado.
Ou será que o questionamento sobre a falta de ligação com a comunidade local vale somente para quem pretende, por exemplo, disputar uma vaga ao senado federal ou à Câmara dos Deputados?